domingo, 9 de agosto de 2015

de ti

Arrependo-me do dia em que duvidei da durabilidade deste amor. Amo-te com todas as forças vitais que tenho, amo-te com todas as letras do alfabeto, de todas as línguas, formas e feitios. Amo-te como a areia ama o mar, a lua ama o sol, amo-te com a força mais pura que o amor pode amar. Amo-te sem pontos, sem dúvidas, sem explicações. Amo-te como sempre quis, de coração aberto, cega e unicamente. Amo-te como não consigo amar mais ninguém. Não por falta de tentativas ou por falta de capacidade mas porque nåo querer amar mais ninguém. Porquê amar outro alguém quando és tu que és dono do que mais preciso?
Eu preciso tanto de ti. Tenho tudo o que sempre quis mas de que vale isso quando não te tenho a ti para partilhar a minha felicidade? Seria fácil partilha-la com alguém se não te amasse tanto assim. Mas amo e é quase insuportável não fazer nada contra ou a favor disso.
Tentei seguir em frente, tentei olhar para outra pessoa, tentei fingir que nunca exististe e o resultado não foi nenhum. Mesmo que quisesse ter outra pessoa na minha vida, era em ti que ia estar a pensar. Pareço um disco riscado, sem mais nada a prometer ou nada de novo a dizer... A minha vontade continua a mesma, contínuo a querer única e exclusivamente fazer-te feliz.
Nem este tempo todo mudou as vontades e tudo o que sinto por ti. A vontade de cuidar de ti, a força para aguentar tudo ao teu lado. A única coisa que eu quero do passado és tu na minha vida.
Desculpa-me, por favor.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fim.

Abraças-me?

Apetecia-me que chegasses de surpresa e me abraçasses por trás sem que eu tenha sequer de me virar e reconhecer-te, saber que és tu que ali estás só pela força do teu abraço, pela forma como te encaixas em mim, a forma como os teus braços envolvem os meus. Reconhecer-te pelo teu cheiro que me invade ainda que eu permaneça de olhos fechados, saber a cor do teu beijo no meu pescoço e o teu respirar que me arrepia.
Apetecia-me assim, um abraço por trás, daqueles que esquecem o mundo e nos fazem descansar, um abraço que sabemos que nos vai agarrar e não mais largar.
Um abraço, apetecia-me.
Abraças-me?

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Favorito.

Mas enquanto nenhum de nós se render, posso continuar a sonhar, não? Porque de qualquer das maneiras continuo a preferir o teu sorriso aos outros, continuo a gostar de cantar contigo, a ouvir-te falar de tudo ou até mesmo de nada, continuo a querer ficar a falar contigo até altas horas e a cuidar de ti quando estás doente. Vou sempre preferir o teu perfume a outros e a voz... Sim, a tua voz! Ela continua a ser a minha favorita, mesmo que agora só exista na minha cabeça. Cada km que hoje nos tira a vista, encontro sempre uma razão para gostar de ti. Sempre gostei da maneira como falavas, das certezas que transportavas nas palavras e na maneira como querias as coisas, nunca estavas satisfeito, nem eu. Não estou satisfeita de ti e quanto mais tive mais quis. Agora que não tenho, vou deixar de querer? Não, às vezes temos de nos afastar das coisas que amamos e deixa-las ir mas isso não significa que as amamos menos, significa que as amamos ainda mais. 
Pareço uma criança a quem tiraram o brinquedo. Choro, esperneio e acabo por me conformar.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ficarei por aqui.


Quantidades inqualificaveis,

(...) Porque não seria racional tentar qualificar ou até quantificar algo assim. Quando somos novos e gostamos de alguém, a única maneira que temos de dizer o quanto gostamos é abrir os braços até tocar no céu. Nunca um acto tão simples e ingénuo fez tanto sentido mas não haveriam braços suficientes para nos quantificar. Nem braços nem palavras, nem muito nem pouco. Abrir-los sempre chegará. Indicador de abrigo, apoio e amor. Amor sem segundas intenções, assim, simples e fácil. Sem cobranças, rancores ou dividas. Sem começo, meio nem fim, apenas infindável. Seria muito mais fácil desenhar um coração e preenchê-lo de preto, esse que absorve tudo, nós absorvemos tudo um dia. Absorção não significa desaparecimento, é muito mais do que isso. É cultivo e dedicação, e a partir do momento em que se absorve algo, torna-se directamente parte de nós. E mesmo que seja só na minha cabeça, será assim, até um se render.

"Prometo Falhar"

"Amei-te muito antes de te amar. Éramos o que os amantes eram e nem precisávamos de corpo para isso, porque o que dizíamos nos satisfazia, e sempre que a vida acontecia era um ao outro que tínhamos de falar. Se há coisa que temo no mundo é o teu fim. Passo horas a sentir-me indestrutível, a ter a certeza de que nada me toca, de que nada me poderá doer o suficiente para me fazer recuar, e depois vens tu. Tu e a tua imagem a perder de vista, os teus olhos quando me olhas, a tua boca quando me falas, e é então que percebo que sou finito, pobre humano, e desato a chorar à procura do telefone e de uma palavra tua que me convença de que ainda existes. É na possibilidade do teu fim que encontro a humildade."

Pedro Chagas Freitas